A sigla KVA, kilovolt-amps, voltagem, amperagem
Com certeza você já ouviu falar em watts, a potência ativa que gera o trabalho de energia em si – mas para quem lida com manutenção elétrica ou serviços de geradores deve se habituar a outras três letrinhas: o kVA, também conhecido como quilovoltampere. Na verdade, cada kVA é uma medida equivalente a 10³ voltamperes (1 KVA = 1000 VA) e é uma potência aparente, ou seja, teórica, sendo a soma vetorial entre a potência ativa dos watts e a potência reativa a unidade de magnetização e de capacidade de um gerador de energia.
O que acontece é que os motores elétricos na verdade precisam de dois tipos de energia, a ativa – aquela referente ao trabalho desenvolvido e a de perdas resultantes de atritos entre peças e de seu próprio aquecimento – e a reativa, a energia que não é consumida e que produz o campo magnético com o qual o motor trabalha. Portanto, os motores elétricos necessitam, na realidade, que seja fornecida mais potência (aparente) do que a que ele consome (ativa).
O kVA é a tensão x corrente – mas não é a soma aritmética das potências reativa e ativa. O cálculo correto do kVA é essencial, portanto, para o dimensionamento adequado dos sistemas elétricos para atender à demanda.
Ainda que para o consumidor final ela não seja tão importante uma vez que eletrônicos e eletrodomésticos, por exemplo já venham dimensionados com baixa energia reativa, o kVA deve receber especial atenção de quem trabalha com transformadores de energia e grupos geradores, tornando-se prioridade em lugares onde há grande concentração de equipamentos que consomem energia.
É também por isso, portanto, que as agências fornecedoras de energia cobram dos grandes consumidores tanto a energia aparente kVA fornecida quanto a potência ativa em watts. Assim, devido às cargas indutivas das bobinas de fio de cobre do núcleo, os transformadores de distribuição têm sua capacidade de potência apresentada em kVA: eles precisam do campo eletromagnético para funcionar, circulando entre a rede elétrica e a bobina, o que exige essa corrente adicional.
A alta tecnologia presente nos equipamentos de ponta já é capaz de reduzir significativamente a corrente reativa circulante, mas ainda não é capaz de eliminá-la, mantendo-se essencial para o funcionamento da bobina. Na verdade cada transformador pode ser formado por várias bobinas – também conhecidas pelo curioso nome de “panquecas” – e são essas correntes reativas as responsáveis pelos chamados “arcos elétricos” presentes nas manobras dos equipamentos do sistema.
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